15 de fevereiro de 2011

Confissão

“A primeira facada é a mais difícil. Depois dela as outras vêm fácil, você nem percebe. O mais complicado é criar coragem e dar o primeiro passo. Sua mão treme, você transpira muito e o mundo parece girar debaixo dos seus pés. Então você toma coragem e enterra a faca na carne. Sente o osso trincando com o impacto da lâmina. Mas tem que ser com força se quiser matar, de leve não vale. Quando vi já tinha furado o peito daquela vagabunda. O sangue esguichava vermelho vivo e quente, minha roupa toda escarlate, minhas mãos sujas. Ela me olhou, aqueles olhos fundos e grandes de quem não leva nada a sério; tentou falar algo, mas não conseguiu. Levantei a mão com a faca e enterrei de novo e de novo, de novo, de novo, de novo, de novo, de novo... Quando vi, ela já não se mexia mais, a cama ensopada. Lá fora um cachorro latia, para um carro talvez. No quarto só a luz da TV ligada no Corujão, projetando sombras disformes nas paredes e tingindo o quarto de azul.
Eu pulsava de adrenalina. Aquele cheiro de sangue entrava pelas minhas narinas, fui ficando louco de tesão. Ela lá, sem roupa, desprotegida, só esperando pra ser comida. E eu que não dava uma boa fodida há uma semana. Abri as pernas da vadia morta e fodi com gosto, forte e fundo na sua boceta já fria. Meti na sua boca semi-aberta, enquanto espremia seus peitos. Gozei ali mesmo, no corpo dilacerado. Limpei meu pau sujo de sangue e porra no lençol. Subi na cama e mirei meu pau na cara da vadia. Mijei na sua boca, o fedor da uréia subindo pelo ar.
Deitei na cama do seu lado. Virei ela de lado e dormi abraçado nela. Agora aquela puta era minha, só minha.”